Dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo é sempre motivo para ficar com as emoções à flor da pele, ainda mais este ano, com o maior evento de futebol do planeta acontecendo em nosso País.
Marcar ou sofrer um gol, ganhar ou perder uma partida decisiva podem provocar intensa ansiedade nos torcedores mais apaixonados pelo esporte e o resultado para a saúde pode ser tão ruim quanto uma eliminação. “Situações de ansiedade podem se transformar em poderoso motor de ações pessoais e elemento vital para o desenvolvimento humano. Desta forma, quando bem dosada, faz parte de nosso arsenal de sobrevivência e do aperfeiçoamento de nossos recursos pessoais, inclusive a manutenção da saúde. No entanto, algumas pessoas já portadoras de problemas de coração pode ver exacerbados seus sintomas quando submetidas a fortes emoções. Portanto, essas pessoas devem evitar a participação em eventos ou situações que provoquem em si um envolvimento emocional muito grande”, esclarece Iberê do Nascimento, médico especialista em Medicina do Esporte da Unimed Grande Florianópolis.
Para ele, as emoções da Copa representam momentos saudáveis de confraternização entre familiares, amigos e povos, mas, para não carregar em excesso o coração e deixá-lo no banco de reservas, é preciso encarar a situação de maneira mais leve, como uma disputa de futebol entre times de diferentes países.
“A recomendação principal é no sentido de viver este momento como ele é exatamente: um campeonato de futebol, no qual torcemos para uma das equipes participantes. É preciso separar as emoções e tentar canalizá-las de acordo com seu papel em nossa vida. Uma derrota ou uma vitória, um gol sofrido ou um gol marcado fazem parte do roteiro deste esporte e o mais importante são os momentos de confraternização”, acrescenta o médico, explicando que os próprios jogadores também precisam aprender a lidar com suas emoções durante as partidas.
“Certamente os atletas se envolvem emocionalmente de maneira muito intensa e, se não houver um trabalho de elaboração destas emoções, pode ocorrer prejuízos em seu desempenho físico e técnico. No caso da Seleção Brasileira de Futebol, é realizado todo um planejamento que culmina em diversas ações junto ao grupo de atletas para que os efeitos da ansiedade sejam minimizados. Sabemos que certo grau de ansiedade deve ser mantido para que o corpo e a mente dos jogadores se preparem adequadamente para o enfrentamento da situação”, completa.
Portanto, vale festejar e deixar a emoção tomar conta do corpo, mas nada de carregar o sentimento. O que importa é estar sempre bem para, daqui quatro anos, torcer novamente pelo Brasil!
Fonte: www.unimed.coop.com.br
Autor(a): Ana Carolina Giarrante