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Dica de Saúde Unimed: Depressão

           Inicialmente é importante dizer que esta importante alteração do humor, possui várias formas, diferentes causas e variam os sintomas e a gravidade.

          A depressão é bastante freqüente, em média atinge 5 % da população, e que entre 10 a 25% das pessoas apresentarão algum episódio depressivo ao longo da vida.

          Ela causa muito sofrimento para a pessoa e também para àqueles com quem convive. É comum a demora em procurar ajuda principalmente especializada, isto se deve ao preconceito em relação aos transtornos mentais, e a crença de que conseguirá vencer o problema sozinho, o que em casos mais leves pode realmente acontecer.

          Mas o que leva a depressão? Ao pensar o humano como um ser biopsicossocial, devemos investigar as causas de uma alteração emocional, observando suas dimensões física, mental e social que são inter-relacionadas.

          Entre os tipos de depressão, há aquele que pode ser considerado mais biológico, relacionado a alterações primárias nos neurotransmissores cerebrais como a serotonina, noradrenalina e dopamina; esta forma tem forte influência genética e reponde bem aos medicamentos antidepressivos.

           A depressão pode, em outros casos, ter uma origem mais psicológica, decorrente de conflitos emocionais íntimos ou nas relações com outras pessoas tanto no presente quanto no passado. Nestes casos, a psicoterapia é fundamental para a melhora e também prevenir que os sintomas voltem.

          Fatores sociais como desemprego, distanciamento de familiares e amigos são alguns fatores que podem desencadear um quadro depressivo. Além destes podemos citar ainda o uso de drogas, e medicamentos que atuam no sistema nervoso central.

          Quanto aos sintomas, além de tristeza, é importante observar que há uma visão negativa de si mesmo e da vida, há desesperança e uma expectativa ruim do futuro.        Na depressão há também a perda do interesse em atividades que antes eram prazerosas, há diminuição da libido, alterações alimentares e do sono.

          Devemos diferenciar a depressão principalmente de:

1-    Tristeza, que é uma reação normal a um evento negativo;

2-    Luto e separações, pois a perda de uma pessoa amada, embora cause muito sofrimento, não é sinônimo de depressão.

3-    Doenças orgânicas, como por exemplo, o hipotireoidismo.

4-    Transtorno bipolar que além da depressão a pessoa apresenta uma fase chamada “mania”, que é o oposto da depressão, tendo o humor exaltado, alegre demais e sem motivo, insônia e irritação.

          Sintomas psicóticos como alucinações, delírios e alterações do pensamento podem ocorrer na depressão grave.

          O tratamento deve ser individualizado, e a melhor opção é a associação de medicamentos e psicoterapia. Existem muitos medicamentos que podem ser utilizados, se não deu certo com um este pode ser facilmente substituído por outro com maiores chances de sucesso.

           A psicoterapia (também existem vários tipos) é muito importante, ela aumenta os índices de cura, antecipa a melhora dos sintomas e tem um efeito em longo prazo devido à solução de conflitos emocionais.

           Concluindo, devemos estar atentos os sinais de depressão em nós mesmos e em pessoas próximas, procurar ajuda o mais breve possível e seguir corretamente o tratamento proposto pelo profissional (ais) de sua confiança.

 

Dr. Marcos Assis

Médico Psiquiatra